terça-feira, 30 de setembro de 2008

Dobradinha outra vez!!!


Se não fosse "Recomeçar" poderíamos dizer que o tempo não passou para o grande cantor e compositor Isaac. Mais uma vez campeão da etapa do campus de Alto Araguaia do Festival de Músicas Inéditas da Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat.
As vezes desanimado com a burocracia gerada pelo evento, tentou desistir, porém mesmo contra sua vontade, os amigos incentivaram e ele ousou RECOMEÇAR.
Em meio a correria do dia-a-dia, parou durante 30 minutos e começou a escrever seu mais novo sucesso "RECOMEÇAR".
E como no futebol, foi no último minuto do segundo tempo que o nosso cantor apareceu afoito na sala de aula com apenas um rascunho, da canção que lhe deixaria entre os três melhores cantores da Universidade do Estado de Mato Grosso.
Isaac divide seu tempo entre ser professor de física e seu objetivo maior que, é a faculdade de jornalismo. Nas horas vagas canta, entretanto ouso dizer que ele não só canta, mais também encanta com suas canções românticas.

sábado, 27 de setembro de 2008

I PRÊMIO DEPCOM DE JORNALISMO – EDIÇÃO LEANDRO WICK


Realizado pelo Departamento de Comunicação Social, Projeto ArtSet e Grupo de Discussão Atitude, o 1° Prêmio de Jornalismo Leandro Wick, visa estimular os estudantes a criação de trabalhos. O período de inscrição vai até o dia 22 de outubro de 2008 e podem ser feitas na sala do teatro entre as 14:30h e 17:30h de segunda a sexta-feira.
Poderão participar todos os acadêmicos que se encontrarem devidamente matriculado e freqüentando as aulas.
Obedecendo ao tema “Regionalismo” os estudantes poderão apresentar trabalhos em até duas categorias, das seis que serão oferecida:

As categorias são:
01) Categoria Texto — opinião (artigo e crônica):
02) Categoria Texto — informação (reportagem, notícia e entrevista).
03) Fotografia — Foto única
04) Fotografia — foto-reportagem (3 a 6)
05) Categoria Radiojornalismo — Coberturas, reportagens, entrevistas, propagandas, documentários ou radionovelas, de caráter jornalístico, no tempo de 1min a 10min.
06) Categoria Telejornalismo-audiovisual — Reportagem, curtas, videoclipe no tempo de 1min a 10min.

Nas categorias 3 - fotografia (foto única) e na 4 - fotografia (foto-reportagem), o trabalho deverá ser indivudual. Nas demais poderão participar até 03 estudantes.

A premiação acontecerá durante o III Simpósio no dia 31/10/2008, momento em que os três primeiros lugares em cada categoria, receberão troféu, certificados e mais R$ 50,00 em dinheiro.

Mais informações: gdatitude@gmail.com

EM BREVE III SIMPÓSIO DE JORNALISMO DE ALTO ARAGUAIA “A REGIONALIZAÇÃO MIDIÁTICA”.


O evento terá início no dia 28/10 e terminará no dia 31/10/2008.
Os alunos interessados em participar das comunicações, deverão se inscrever até o dia 17/10/2008, na Agência Júnior de Jornalismo – Focagen.As comunicações acontecerão no 2.º e 3º dias do III Simpósio de Jornalismo de Alto Araguaia. Serão apresentadas por professores e alunos inscritos previamente. Serão apresentadas em mesas de dois comunicadores, com 20 min. de apresentação para cada trabalho e 10 min. de debate.Sobre as Comunicações:As inscrições para comunicações podem ser feitas individualmente ou em dupla (o que sugere a formação de uma mesa), no Departamento de Comunicação Social.No ato da inscrição, os interessados devem entregar um resumo (cópia impressa e em disquete), contendo um resumo com no máximo de 100 palavras e 3 a 5 palavras-chaves e o título da comunicação.No evento, após a apresentação das comunicações, cada participante deve entregar uma cópia impressa do trabalho e outra cópia em disco ou disquete, em envelope devidamente identificado.Havendo necessidade de usar algum material de apoio, a solicitação deve ser feita na ficha de inscrição.O tempo destinado à apresentação das Mesas é de uma hora. O tempo será de vinte minutos para cada participante da Mesa, e mais dez minutos destinados ao debate.Os alunos que desejarem apresentar comunicações devem procurar um professor da Instituição e da área para solicitar orientações, ou seja, todo trabalho deverá apresentar um orientador vinculado a uma IES.Da configuração do texto impresso e em disquete:As cópias dos trabalhos devem ter o seguinte formato:Os trabalhos devem ter de 6 a 10 páginas; Fonte: Times New Roman; Nº da fonte para corpo de texto: 12; Espaço para corpo de texto: 1,5; Nº da Fonte para citação direta de mais de 3 linhas (que deve vir em destaque): 10; Espaço para citação direta de mais de 3 linhas (que deve vir em destaque): simples; As notas devem estar em fonte 10 e espaço simples; É fundamental que as referências estejam completas, pois os trabalhos apresentados serão analisados para possível publicação; Todos os trabalhos deverão seguir a Normas ABNT Vigentes.INFORMAÇÕES: Agência Júnior de Jornalismo – FOCAGEN
e-mail: focagen.unemat@gmail.com
IIIsimposio-jornalismo@hotmail.com

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Unemat abre inscrições para o vestibular 2009/1

Estão abertas as inscrições para o concurso do vestibular 2009/01, da Universidade do Estado de Mato Grosso. Serão oferecidas 1.800 vagas, ministradas nos cursos de graduação dos campi da Unemat, sendo que 25% por cento destas vagas serão destinadas para candidatos cotistas. O período de inscrição pela internet teve início no dia 01/09 e irá até o dia 09/10/2008. Os candidatos interessados em mais informações é só acessar o edital que se encontra disponível no endereço http://www.unemat.br/vestibular

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Análise do Filme “Obrigado por Fumar” de Jason Reitman e Análise do Texto “Afinal, o que o mercado profissional quer de você?" de Maristela Mafei



Com o objetivo de definir o perfil profissional do assessor de imprensa nos dias atuais, o texto a seguir irá tomar por base o filme obrigado por fumar (Thank you for smoking) do autor Jason Reitman e o texto “Afinal, o que o mercado profissional quer de você?” de Maristela Mafei.
O filme é uma comédia, em que traz uma crítica velada aos lobistas. Loby é uma profissão legal nos Estados Unidos, porém proibida em outras partes do mundo, como no Brasil, pois conforme Mafei, “no Brasil ainda prevalece a ideia de que lobbie é uma atividade de troca de favores. Se uma empresa está interessada na aprovação de uma lei, oferece dinheiro ou vantagens aos deputados. Isso é crime”.
No filme quem exerce a profissão é Nick Naylor , que trabalha como porta-voz de empresas tabagistas. Mais afinal o que tem a ver loby com assessor de imprensa?
Loby é uma atividade que consiste em tentar influenciar políticas de governo em favor das empresas, enquanto que assessor de imprensa é alguém que trabalha com questões mais complexas do cotidiano, estabelecendo sempre estratégias que englobam iniciativas nas áreas de Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade e Propaganda, e ele tem sempre a missão de proteger a imagem de seu assessorado, seja ela qual for, pois conforme oMaristela Mafei o “Assessor de imprensa tem que ter ginga para transitar com seus assessorados em diferentes mídias. E isso não significa, de forma alguma, que ele deverá atirar para todos os lados”. Mais sim, que tenha perspicácia para entender como funciona o sistema de produção de notícias, pois como porta-voz, junto a mídia, terá de planejar como será feita a exposição de seu assessorado buscando sempre a boa imagem.
Ao contratar um assessor de imprensa o empresário busca sempre a visibilidade da sua imagem ou o estabelecimento de sua marca no mercado. Decorrente disso, o profissional de assessoria deverá identificar os possíveis diferenciais de uma empresa, em termos de produto ou serviços, que sejam capazes de despertar o interesse da sociedade, bem como o dos veículos de comunicação.
É o que acontece no filme, embora Nick seja um lobista, ele tem sempre uma argumentação precisa, buscando lidar com as pressões do trabalho, mais especificamente com o senado norte-americano que tenta a todo instante prejudicar os negócios das indústrias de cigarro.
Ao tratar de uma temática preocupante “o cigarro”, de um lado está a indústria tabagista que no momento sofre uma queda nas vendas, e de outro lado, a luta do Estado, representado na figura do senador Ortolan Finistirre (William Macy), para inserir um signo visual (a caveira) e um verbal (veneno) no maço de cigarro. O embate entre o lobista e o Senador é presente no filme inteiro. Porém o lobista é extremamente profissional, e muitas vezes acaba abrindo mão dos seus princípios para defender as indústrias de cigarro.
Segundo Mafei “O mercado quer um profissional de assessoria de comunicação capaz de entender profundamente a atuação do assessorado, em áreas distintas, ou seja, um verdadeiro perito”. E isso Nick faz muito bem, porque ele não só atua na área, mais também busca compreender todo o contexto histórico da indústria do tabaco.
No filme ele é imparcial e faz tudo de maneira explícita, colocando sua carreira profissional acima da sua vida pessoal. Entretanto ao se envolver com a jornalista, ele acaba deixando vazar informações sigilosas da sua assessorada “indústria de cigarro”. O que acaba comprometendo seu profissionalismo, pois o bom assessor deve manter sigilo sobre as questões relacionadas ao seu assessorado. E neste trecho do filme ele não foi nem um pouco profissional, enquanto a jornalista mesmo utilizando métodos nada éticos para conseguir informação, desempenhou seu papel e conseguiu levar para o seu público uma boa notícia.
Mafei diz também que o bom “ assessor não deve ser passivo, mas antecipar cenários que possibilitem a elaboração de um planejamento estratégico de comunicação”. No filme percebemos essa atuação de Nick quando ele recebeu a tarefa de levar um presente para o homem Marlboro, que está com câncer. Mesmo não querendo levar seu filho no encontro, ele levou e conseguiu tirar proveito da situação.
Outro fato interessante que percebemos é sua argumentação um tanto sutil com o homem Marlboro. Diante da recusa do homem Marlboro em receber o mala cheia de dinheiro, o lobista argumentou que: “a idéia é dar apenas um presente – sendo que sua própria culpa lhe impedirá que continue com as denúncias”.
A criatividade de Nick e a rapidez em sair de situações embaraçosas é perceptível o tempo todo no filme. E segundo Mafei “O posicionamento acertado da imagem de produtos e serviços colabora para que estes tenham maior aceitação entre os consumido­res a que se destinam”. Fato este que comprovamos nos argumentos do lobista quando defende o cigarro e um programa de TV, ele diz que não quer que o rapaz com câncer morra, pois perderia um cliente. Enquanto que os anti-cigarro os “do bem”, torce para que o rapaz morra, pois assim ganhará mais força na luta contra a indústria de cigarros.
É com respostas como essas que Nick foi ganhando respeito de seu assessorado, entretanto foi tratado como vilão o tempo inteiro, mesmo tendo argumentos inteligentes. Porém Nick soube deixar a empresa na hora certa, antes que sua imagem fosse afetada, o que comprometeria sua carreira.
Ao analisar o filme e o texto num todo é possível concluir que, o assessor nos dias atuais está sujeito a muitas variáveis, por isso tem quer ser perpicaz, polido e prático, e acima de tudo conhecer bem seu assessorado. Outro fato que ele precisa é se familiarizar com os públicos envolvidos (clientes e jornalistas) e dominar bem a técnica dos textos informativos.

Imagens tiradas do site: http://www.cinepop.com.br/filmes/obrigadoporfumar.htm

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Análise da Campanha da Unicef - Publicada na Revista Caros Amigos


A Semiótica é a ciência dos signos que tem como objeto de estudo todas as linguagens possíveis. De acordo com Santaella (2000), é necessário ler os signos com a mesma naturalidade com que respiramos. O que torna essa ciência indispensável em nossa vida. Partindo deste princípio, será analisneste texto o anúncio da UNICEF publicado na revista Caros Amigos, ano X nº. 116, Novembro/2006. No anúncio, temos a presença de signos lingüísticos e signos visuais.
Analisando os signos visuais, temos um menino triste, olhos fechados que nos remete a alguém que já não possui esperança de dias melhores. Nota-se também uma situação de conformismo e, ao mesmo tempo, de tristeza. Está presente na imagem uma luz fosca, refletida em apenas parte do seu rosto. Esse menino, que aparenta ter mais ou menos 10 anos, está sentado e apóia seu cotovelo sob a mesa que esta vazia. O anúncio também é constituído por um cenário vazio de cor verde, desbotada e um tom amarelado, a textura da parede também é áspera, valorizando a imagem, dando-lhe um aspecto envelhecido, utilizando destes mecanismos o anunciante vai mexendo com o emocional do interprete.
É possível notar que, a única coisa que está presente na parede é uma janela, que ganha lugar de destaque no anúncio, e 90% da luz utilizada é emergida por ela, que escurece cada vez mais o Beto, remetendo o interprete ao signo de exclusão em que o Beto esta submetido. O fato da janela também se encontrar fechada e a mesa vazia, confirmam para o interpretante através de inferências e dos paradigmas o estado de exclusão em que o Beto se encontra. O anúncio tem como objeto interpretante o analfabetismo de Beto, porém através dos signos visuais e lingüísticos ele induz por meio de inferências o interprete a alcançar várias significações. E de acordo com o cenário vazio e a mesa que também aparece vazia, o interprete subentende que falta mais coisas para o Beto além da educação.
Utilizando esses signos o anunciante vai construindo na mente do intérprete a imagem de uma criança que deveria estar na escola, pois o banco e a mesa presente na imagem nos remetem as carteiras escolares do passado. E quando confrontamos com os signos lingüísticos que “Beto não vai escrever para o papai Noel”. “Até porque ele nunca teve chance de aprender a escrever”. O anunciante utiliza-se o apelo emocional, para sensibilizar o intérprete. E isso ocorre porque o anunciante ocupa 90% da página da revista para mostrar Beto, destacando o seu rosto, a tristeza estampada nele, e suas mãos pequenas que através de gestos induz o interpretante a inferir que se trata de alguém que possivelmente deveria estar segurando uma caneta. No entanto, é notável a ausência de dois itens fundamentais: o papel e a caneta, e embora seus olhos estejam fechados, os seus gestos levam o intérprete a alcançar está significação.
Após causar essa comoção no interprete, situando-o da falta de oportunidade do Beto em freqüentar uma escola, o anunciante parte para outro apelo que ocupa cerca de 10% do que restou da página do anúncio. Desta vez, ele utiliza outros signos lingüísticos que embora ocupe espaço mínimo, ganha dimensão ainda maior quando confrontado com os signos apresentados anteriormente, que são: “O natal não é igual para todos”. “Muito menos a vida”. Com esta organização dos paradigmas no eixo sintagmático, o interprete é induzido a pensar na questão social que aparece gritante na imagem e ainda como será o natal do Beto.
Tais signos lingüísticos empregados no anúncio, dentre eles o “Natal” é determinante para tocar o emocional do interprete que em sua mente já tem estabelecido vários paradigmas resultantes deste signo que são: troca de presentes, fartura, festividade, paz, perdão, compaixão e acima de tudo nascimento do menino Jesus. E quando confrontado com a mesa de madeira vazia, o anunciante chama a atenção do interpretante para a ceia de natal do Beto.
É notável perceber, que o anunciante explora um mito que é o papai Noel, que na visão das crianças é o realizador de sonhos, de desejos para sensibilizar o leitor a ajudar o Beto a aprender a escrever, porém o anunciante não tem como objeto principal o analfabetismo de Beto e, sim a venda de seu produto. E isso é observado quando analisamos o anúncio em sua plenitude. Percebemos a presença de outros signos lingüísticos já abordados, que são “O natal não é igual para todos”. “Muito menos a vida”. “Compre Cartão Unicef”.
Entretanto a intenção do anunciante não para por ai, ele busca mobilizar o interprete ainda mais, e isso é feito através do apelo emocional, e na sua profundidade o anúncio da Unicef traz signos lingüísticos que diz: “comprando cartões Unicef você estará enviando uma vida melhor para as crianças”, lançando essa responsabilidade nas mãos do interprete, dizendo indiretamente por meio dos signos “olha só depende de você”.
Percebe-se também no signo lingüístico a existência de um pequeno contexto histórico da Unicef, situando o interpretante de que a Unicef tem como objetivo a garantia de bem-estar priorizando a saúde, a educação, a igualdade e a proteção para as crianças de todo o mundo, ou seja, induz através da compra de seu produto “o cartão Unicef”, o interprete a contribuir para a vida de muitos betos perdidos neste país. O anunciante explora o signo lingüístico e visual de tal modo que o interprete, é submetido a signos que levam ele a acreditar que comprando o cartão conseqüentemente ele garantirá proteção a essas crianças e praticará a solidariedade, principal slogan da Unicef.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

INFORMATIVO DEPCOM


A FOCAGEN - Agência Júnior de Jornalismo publicou no mês de agosto o primeiro informativo do Departamento de Comunicação Social - habilitação em Jornalismo.Com o objetivo de informar aos acadêmicos sobre as atividades do departamento e também fornecer informações sobre os órgãos da instituição, o informativo será produzido mensalmente pelas bolsistas Lucimara Pereira (bolsista monitoria) e Camila Andrade (bolsista apoio), sob a Coordenação do Prof. Aroldo Abreu Pinto.

OS SUPER-HERÓIS - A PALAVRA E SUAS PROPRIEDADES


A palavra e suas propriedades conforme discutido por Bakhtin é a forma como algumas delas perdem propriedades no corpo social e vão entrando no campo ideológico. Ao analisar a notícia de jornal “Pequeno herói salva criança de incêndio”, é possível notar a influência que esses super-heróis exercem na vida das crianças e a ideologia pregada pelo autores das histórias em quadrinhos
Para Bakhtin (2000), “a língua, e a palavra são quase tudo na vida humana” (texto on line - p. 324). Assim, ela é a melhor maneira para analisar os problemas da sociedade.
A palavra apresenta cinco propriedades que a definem, a saber: pureza semiótica, neutralidade ideológica, implicação na comunicação ordinária, interiorização e ubiqüidade. Porém, quando a palavra chega ao campo social perde algumas de suas propriedades e, de acordo com Focault, ela passa a ser perigosa e ter poder. “Tal perda acontece porque a psicologia do corpo social se manifesta essencialmente nos mais diversos aspectos da “enunciação” sob a forma de diferentes modos de discursos sejam eles interiores ou exteriores” (Bakhtin). Como exemplo, temos a questão da “neutralidade”, à palavra é neutra quando descontextualizada, no entanto ao inserir em um enunciado concreto perde a neutralidade e adquire função ideológica.
A interiorização é outro exemplo, pois, conforme Stella (texto on line, apud Brait, 2005, p. 187), ela “se dá entre o signo internamente circulante e o externo (...) os novos significados devem ser compreendidos pelo interlocutor”. Neste caso, o entendimento fica condicionado ao locutor, pois o significado da palavra vai depender de como ele vai inserir esse discurso na sociedade.
Neste contexto, Bakhtin (p.36) diz que: “a palavra é o signo mais puro que existe”, pois para ele os outros signos são sempre específicos de algum campo particular. Sua afirmação é certa, portanto, o signo em si não possui uma única realidade e isso se dá pelo falto de ele refletir e refratar uma outra realidade. Ou seja, a imagem aparece distorcida da realidade, como é o caso da imagem no espelho. Desta forma, o signo vai adquirindo sentido que ultrapassa suas próprias particularidades e acabam entrando no campo ideológico e alcançam a superestrutura. É possível perceber isso ao analisarmos um dicionário, lá encontramos palavras como “boceta” que possui um significado. E, e ao chegar ao campo social adquiri um outro significado de acordo com o meio em que é utilizada. Decorrente disso, está claro que a pureza semiótica já não existe mais.
Ao analisar a notícia de jornal “Pequeno herói salva criança de incêndio”, é notável a influência desta notícia na vida das crianças. Sendo assim, a abordagem irá girar em torno da relação entre os super-heróis e a ideologia, tendo em vista que a palavra “herói”, que no dicionário tem o significado de “homem notável por suas qualidades extraordinárias por seu grande valor e coragem ou por seus desmandos e irregularidades”, no âmbito da literatura infantil ganha uma outra dimensão, pois entre batalhas, derrotas e vitórias, as crianças vão se identificando com os personagens favoritos. E, muitas vezes, define o seu caráter. São situações reais que as crianças enfrentam que comprovam isso como é o caso do pequeno Riquelme que, ao se sentir filho do Homem-Aranha, é tomado pela coragem e pela força que existe somente em sua imaginação, e acaba enfrentando o perigo sem sequer pensar nas conseqüências.
O interessante disso tudo é que os roteiristas colocam os super-heróis sempre do lado do “bem”. Mas que "bem" será esse? O que eles deixam claro que é aquilo que é bom para todos nós, é a manutenção da ordem social existente. Desta maneira, fica certo que: o "bem" sempre deve vencer o "mal". Mas, afinal, e o "mal" o que será? Neste caso, seria a mudança na estrutura do poder, isso seria o pior que poderia ser imposto ao planeta.
Perceba que se em alguma hipótese o representante do "mal" vence, ele assumiria o poder e, consequentemente, os detentores deste poder estariam fora. Isto é, o caráter ideológico desses seres sobre-humanos, está sempre presente em suas histórias (texto on line).
Por trás dos desenhos, há sempre a competição neles é o capitalismo que prevalece. E a ideologia pregada é que você não tem amigo, o que existe é um grupo que se une em torno de uma luta buscando sempre a manutenção do poder.
Essa relação com a manutenção do poder, pode estar relacionada com a época de surgimento de grande parte dos super-heróis existentes hoje no mundo. Estes seres começaram a surgir na esteira dos eventos verificados na 2ª Guerra Mundial e na época da guerra fria, nas quais, os grandes inimigos eram o nazismo e sucessivamente o comunismo. (texto on line).
No entanto, as histórias dos super-heróis vêm sempre com um discurso que infiltra na mente das crianças que já cresce com a frase: “Eu quero ser o vencedor” e isso acontece pelo fato de as histórias virem sempre carregadas de forte conteúdo ideológico. E o que elas pregam mesmo é ainda a apatia política e social, pois deixam claro que quem se levanta contra o sistema representa o mal, e aqueles que lutam pela manutenção do mesmo, são os "mocinhos" que sempre vence. Sobre isso, existe até a famosa frase popular: "o bem sempre vence no final". Objetivando assim, infiltrar essa idéia na mente dos mais jovens, já que este é o público-alvo das histórias de super-heróis, que o melhor é se adaptar ao sistema do que se levantar contra ele, pois, no final, o sistema vigente vai continuar vigente, e o revoltado será derrotado!
Sendo assim, a mentalidade infantil vai se formando desta forma e sendo explorada desde cedo para que, ao crescer, ela esteja fortemente preparada para essa sociedade capitalista que busca sempre o lucro.
E o que acontece com o pequeno Riquelme é uma prova que esses heróis americano, japonês ou de qualquer outro país influenciam na infância e na formação do caráter das pessoas, e quem nem sempre isso se dá de forma positiva.

Referências Bibliográficas:
Bakhtin, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschivieira. São Paulo: Hucitec, 2004, pp. 31-37.
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/cd/Port/119.pdf - Acesso em 21de Nov. 2007.
Pequeno Herói salva criança em incêndio. Encontre esta reportagem em:
http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1661671-3586,00.html Acesso em 10 de Nov. 2007.
Os super-heróis e a ideologia pregada.
http://formadordeopiniao.blogspot.com/2006/08/os-super-heris-e-ideologia-pregada.html Acesso em 21 de Nov. 2007.

Show Gospel emociona católicos e protestantes



O III Festival Gospel, teve início na última segunda-feira (01/09). A abertura aconteceu com o Show da cantora Cassiane, que encantou católicos e protestantes com louvores e adoração. Dentre os principais sucessos o que mais emocionou o público foi o “Hino da Vitória”. Cassiane que já possui 7 Cds e 01 DVD, falou da importância do evento e por fim, agradeceu o atual prefeito pela realização do festival.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Crônica - Pingão da Marta, boneco do Covas"Desce o pingão."

Não é conversa de bar, é de redação. Na redação dos jornais, sugeria-se um "pergunta e resposta", quando a idéia era publicar uma entrevista dessa forma. Depois, passou a ser um "pingue-pongue". Com o tempo, os jornalistas, por pressa ou preguiça, aboliram o pongue. "Vamos fazer um pingue com o secretário."Ora, uma entrevista longa, que resulta num texto grande, passou a ser um pingão. "Desce o pingão com a Marta." Esse "desce" se explica: antes da informatização, as matérias, batidas à máquina, em laudas de papel, desciam para a oficina. Hoje, vão pelo cabo do computador.

Em termos de jargão do jornalismo há exemplos clássicos. Foto do entrevistado é "boneco". "Vou dar um boneco do Covas aqui no alto", diz o editor, apontando para a página. A continuação de uma matéria, na edição do dia seguinte, é "suíte". O chefe da reportagem: "Vamos suitar a invasão dos sem-teto". "Matéria" mesmo, em lugar de "reportagem", é um jargão. Em certas redações, antigamente, você flagrava um editor pedindo a um repórter: "Cerca essa vaca para mim." Geralmente era para apurar melhor uma notícia surgida "em cima do fechamento". Ou seja, perto do horário de fechamento da edição - hoje, em alguns casos, pernosticamente chamado "dead line". Mas, voltando à vaca. O que acontecia é que ela estava indo para o brejo...

Outro bicho, este marcante no jargão do jornalismo, é a foca. Na verdade, "o" foca. Jornalista novo, inexperiente. Um foca. Consta que o apelido vem dos remotos tempos do flash a magnésio. Os fotógrafos dos jornais preparavam suas máquinas: focavam e deixavam o obturador (uma pequena "janela") aberto. Quando todos estavam prontos, alguém riscava um fósforo numa placa de magnésio e ela "explodia" num clarão. Essa luz passava pelo obturador aberto e impressionava a chapa, o avô do filme. Ocorre que alguns fotógrafos, inexperientes, demoravam para preparar a máquina - e atrasavam os outros. "Péra aí, estou focando." E os outros: "Foca logo, caramba". E mais tarde... "Ih, lá vem o foca". Esta é a história que eu conheço. Vendo o peixe como comprei.
Valdir Sanches é jornalista e colunista do Planeta Express
Por
Paulo Bicarato, às 12:57 de 08.06.2001 - Categoria: Primeira Edição